CCJ da Câmara aprova permissão de porte de armas para agentes de trânsito
A
Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou hoje
(26) o Projeto de Lei 3.624/08, que autoriza agentes de fiscalização de
trânsito a portar armas de fogo para defesa pessoal. O texto, que altera
a Lei 10.826/03, sobre o Sistema Nacional de Armas (Sinarm), tramita há
sete anos na Câmara e agora segue para apreciação do Senado.
O
ex-deputado Tadeu Filippelli, autor da proposta, argumentou que, com a
criação do Estatuto do Desarmamento, integrantes dos departamentos de
Trânsito ficaram desprotegidos. “A proibição do porte de armas de fogo
atingiu em cheio esta nobre classe de profissionais que, se forem
apanhados portando armas de fogo, serão presos, sem direito a fiança e
passarão pelo grande vexame de terem de responder a um processo
criminal, o que os desacreditará perante a comunidade em que vivem”,
destacou Filipelli.
Os
deputados consideraram a concessão do porte de arma necessária,
considerando que os que trabalham na fiscalização do trânsito correm
riscos, assim como outros agentes de segurança e fiscalização. Onze
parlamentares votaram contra o projeto: Raul Jungmann (PPS-PE), Bacelar
(PTN-BA), Renata Abreu (PTN-SP), Ronaldo Fonseca (PROS-DF), Wadih Damous
(PT-RJ), Padre João (PT-MG), Alessandro Molon (PT-RJ), Betinho Gomes
(PSDB-PE), Chico Alencar (PSOL-RJ), Bruno Covas (PSDB-SP) e JHC (SD-AL).
A CCJ
ainda aprovou hoje o projeto de lei (PL 7.493/06) que altera um dos
artigos da Lei das Eleições (9.504/97), estabelecendo que nas seções
destinadas a eleitores cegos, a urna eletrônica terá recurso que permita
ao eleitor conferir o voto em fone de ouvido. O texto que ainda precisa
ser votado em plenário abre, inclusive, a possibilidade de cancelamento
e repetição do voto quando verificar erro.
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