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quarta-feira, 21 de outubro de 2015


Autoridades confirmam recebimento de carta escrita por jovem inocentando padre de Pitimbu

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O delegado Luciano Cavalcante, da Polícia Civil em Pitimbu, confirmou que recebeu a carta escrita pelo jovem que há mais de um ano denunciou o padre de Pitimbu Jaildo Souto por crime de pedofilia, em poucas linhas escritas de próprio punho, o rapaz de 22 anos pede perdão e nega as acusações contra religioso, a carta também foi lida no sábado (17), no salão paroquial da Igreja de Acaú, na presença do Arcebispo da Paraíba, Dom Aldo Pagotto e da comunidade católica local.
Segundo o delegado, a carta foi enviada ao Ministério Público da Paraíba (MPPB) para que o material seja analisado e seja emitido um parecer sobre o caso.
“Recebemos uma cópia da carta através de um amigo do jovem que acusava o padre. O documento oficial, escrito pelo jovem, não nos foi apresentado. O amigo relata que o jovem tomou a decisão de contar a verdade já que estaria arrependido. Enviamos os papéis para o Ministério Público e estamos aguardando um posicionamento para dar prosseguimento ao caso”, disse o delegado.
Ainda segundo o delegado, deverá também ser apurado quem foram as pessoas que coagiram o jovem a fazer as denúncias contra o padre.
“O rapaz não colocou em depoimento, mas disse na carta que políticos e outras pessoas estariam envolvidos, já que o padre tinha atuação dentro da comunidade e essas pessoas que teriam motivado a falsa denúncia estariam interessadas em afastar o padre de Pitimbu para “facilitar “o acesso com a população”, contou o delegado.
Veja um trecho da carta:
“Fui motivado por políticos e advogados, que mim (sic) prometeram muito dinheiro. Não houve nada entre a gente (ele e o padre)”, contou o jovem em um dos trechos da carta. 
Em outra parte da carta, o jovem pede perdão ao padre pelo sofrimento causado e se desculpa com outras pessoas.
“Eu sei que o caso trouxe sofrimento demais na vida do padre Jaildo e das pessoas próximas dele, do mesmo jeito acontece na minha vida, por isso peço perdão a todos que fiz sofrer”, afirmou o jovem.
Igreja vai aguardar conclusão do processo
Em contato com a assessoria de imprensa da Arquidiocese da Paraíba, o Portal Correio foi informado que a posição da Igreja é de aguardar a conclusão do processo no MPPB e na Polícia Civil para ver o que vai acontecer com o padre Jaildo.
Ainda segundo a assessoria, caso o padre volte a receber autorização para atuar, poderá não fazer mais parte da comunidade religiosa em Pitimbu.
“Desde que surgiram as denúncias o referido padre foi afastados das funções eclesiais, até para facilitar o processo de defesa dele. É isso que continua no momento, ele ainda segue afastado das funções até que o processo acabe. Vamos aguardar as análises internas, da Igreja, e do MPPB. Mesmo tendo de volta as funções, o padre poderá não retornar para Pitimbu e exercer a função em outra localidade”, disse a assessoria da Arquidiocese.
Advogada do padre relata depressão
Laura Almeida, advogada do padre Jaildo, relatou ao Portal Correio que o religioso passa por momentos difíceis desde que foi acusado pelo jovem e afastado da Igreja.
“Sempre vínhamos alegando que ele não tinha envolvimento com o jovem e o fato era baseado em perseguição política, pelo fato do padre sempre estar envolvido com a comunidade da região. O fato foi inventado e atribuído falsamente ao padre. O padre teve a imagem destruída pela falsa acusação e passou por momentos difíceis, com uma depressão profunda e em tratamento”, contou Laura.
Para a advogada, a inocência do padre vai ser comprovada e ele se sente esperançoso de poder voltar à comunidade, celebrando missas e trabalhando junto aos jovens.
“O padre está na Paraíba. Ele se dispõem a voltar na delegacia e encerrar o caso. O sonho dele é de poder retornar para Pitimbu e retomar a celebração de missas, o trabalho voltado para a comunidade e aos jovens. Ele quer voltar para o local onde foi tão bem acolhido, mas injustamente afastado”, concluiu a advogada.



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